Conhecer o patrimônio gastronômico de uma região, de uma sociedade, de uma vida em comunhão, é deparar-se com um acervo de materiais provenientes dos reinos brutos da natureza - ferro, prata, areia, estanho - riquíssimo em sutilezas e especificidades, indispensável ao saber-fazer culinário, à ritualística da mesa e à edificação do espírito. Sem estes maravilhosos "frutos" da terra, colheres e baixelas não existiriam, e o comer-beber cotidiano seria reduzido à uma mera obrigação fisiológica. Graças aos deuses do bem-estar, o homem não se contentou com tal trágica realidade, e pondo-se a trabalhar, deu ao mundo esplendidas criações para os salões e às cozinhas. Les Arts de la Table Français, de Inès Heugel, publicação da Chêne, dentro dos seus Carnets du Chineur, é uma excelente demonstração do que o gênio criativo humano pôde conceber em séculos de vivência e cultura gastronômica no território francês. São 127 páginas, com belíssimas ilustrações de chocolatières, faianças, porcelanas, acessórios para chá, garrafas, saleiros, pratos e talheres. Em cada capítulo, a seção Les Astuces du Chineur, traz dicas preciosas para os colecionadores. Ao final do bouquin, uma relação de museus e casas de restauração no Hexágono, permite ao leitor a oportunidade de conferir diretamente as maravilhas da orfévrerie, da cerâmica e da verrerie francesas.
Les Arts de la Table Français Inès Heugel Chêne
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